quinta-feira, 25 de junho de 2015

A morte é só o início



Letra:

Deus e o diabo lutam, meu coração é o seu ringue
Será que vale a pena sonhar, pergunta a Martin Luther King
Que se atreveu a ver na terra de cegos foi pedinte
Mas em 39 anos de vida mudou todo o século XX
Ninguém à face da Terra, nem homem nem mulher
Só Deus é dono da verdade eu cá só lhe pago aluguer
Desembrulho a realidade, cai a máscara de ferro
Quando a vida nos rapa o orgulho à máquina zero
A sério tu não me conheces, não é, fama que eu quero
Protesto contra o teu clero, pudera, chamam-me Lutero
Pensavam que estava acabado por milagre eu recupero
Otários anestesiados, eles não sabem como é que opero
Cansei-me do velho eu suicidei-me, pus os dedos na tomada
Perguntei o truque a Jesus Cristo e ressuscitei mesmo do nada
Está visto que não desisto porque isto é a minha jornada
Nesta terra onde só o cemitério sabe o que é igualdade

Mas eu sairei deste mundo a rir, quando cumprir o meu compromisso

Sairei deste mundo a rir quando cumprir o meu compromisso
Liricismo mais profundo eu não me deslumbro com o que é postiço
Que se lixe a sorte isso não importa preciso é de ser forte por isso
Thanks a lot se me deres a morte, porque a morte é só o inicio

Dás para rato tipo que és o Mickey tu desliga-me o Disney Channel
Banda sonora é Heavy Metal neste mundo de loucos onde mora o Devil
Enervo-me de ser seu servo, elevo-me para outro level
A pele é só superfície, I go deep tipo Makiavel
Atropelo todos esses jealous tipo jipe na cascavel
Sou um escriba e a minha escrita é este scrabble que tenho no cérebro
Não percebes, meu sangue ferve, caguei que esses wacks não sintam
Não ouvirei voltei do inferno, tenho os ouvidos cheios de cinza
É um sufoco, fico rouco e tenso, o lago de fogo é tão imenso
Cheiro a enxofre é tão intenso, nevoeiro, pesado e denso
Cicatrizes ficam sem penso mas eu sofro em silêncio
Acredito no que sinto e penso e tudo o que tu dizes dispenso
Alice na toca do coelho, feliz aquele que teve coragem
De voltar de lá olhar-se ao espelho e ainda ver o mesmo personagem
Fruto da Mãe Natureza e não de uma empresa de clonagem
Rest in Peace para os que morreram mas faço isto pelos que nascem

Mas eu sairei deste mundo a rir, quando cumprir o meu compromisso


Sairei deste mundo a rir quando cumprir o meu compromisso
Salto a pés juntos para o precipício, para mim a vida é um improviso
Que se lixe a sorte isso não importa preciso é de ser forte por isso
Thanks a lot se me deres a morte, porque a morte é só o início

Podes, matar-me holocausto, por os Órgãos num frasco como um egípcio
Por o corpo no churrasco até ao fogo esgotar-se nunca matarás o Espírito
Mas quem anda no fogo queima-se, daí que o diabo, manda-me mails
Mas só Deus manda no jogo e dá-me novo fôlego, para andar neste Hunger Games
Presença estranha ninguém me acompanha por isso eu não venho pelos troféus
Mundo é fachada que não ama a Verdade e quer me sentado no banco dos réus
Fui ignorado exilado, isolado, num metro quadrado nos Pirinéus
Mas subo a montanha com crânio de titânio empenho do tamanho dum arranha céus
Isto não é Nike nem Adidas é mic e batidas, avisa o enfermeiro que não pode implantar chip
Prisioneiro da Matrix cativeiro como Auschwitz, governado por dinheiro de banqueiros em Wall Street
Que provocam crises querem manifs para que o povo se revolte e se canse
Garantindo ter o antídoto para que o anti-cristo avance 

Mas eu sairei deste mundo a rir, quando cumprir o meu compromisso
Liricismo mais profundo não me deslumbro com o que é postiço
Que se lixe a sorte isso não importa preciso é de ser forte por isso
Thanks a lot se me deres a morte, porque a morte é só o início

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