Letra:
Sinto-me perdido, esquecido como 1 mendigo sem rumo
O suor escorre da cara porque quero subir a pulso
procuro sinais de fumo a luz nesta tela escura
são 20 avenidas nestas ruas da amargura
Quero acreditar que é possivel, acreditar que eu consigo
para chegar a outro nivel, aguentar este fustigo
porque aquilo que eu digo é tudo aquilo que eu sinto
tentando ser distinto para mudar o recinto
Mas duvido de mim proprio, a cada passo que eu dou
a insegurança é o meu opio, e nem sei aonde estou
Perdido no silêncio na terra onde nada muda
As vezes paro e penso só quero pedir ajuda,
mas Eu grito eu berro mas eu não sou de ferro
Na areia movediça quanto mais resisto mais me enterro
neste deserto, abrasador surgem miragens com o calor
De promessas ilusórias que não passam de irrisórias
Tenho insonias, divago num destino paradisíaco
é genesiaco hereditário eu ter disturbios psíquicos
Esta luz Esta sombra esta dor que se prolonga
Leva-me a dizer : eu não vivo eu sobrevivo
Procuro a luz de fundo e nem vejo um fundo de luz
o abismo é tão profundo que eu sismo com vodoos
e quem carrega a cruz, é o suspeito do costume
desrespeitado o soldado tratado como energúmeno
A cada passo deixa rasto do que foi ou que podia ter sido
e hoje é olhado de lado como se fosse um utensilio
e já não é bem-vindo nem nas placas da auto-estrada
a vida não faz sentido porque não lhe resta nada
E assim segue este bandido visto como um inimigo
sem sorriso meio morto vivo em estado ultra depressivo
Mas a luta é diária, e a situação é precária
e vais falhar porque a sobrevivência é primária
é instintivo extinguir quem se considera ameaça
para conseguir evoluir sem ninguém que nos faça
frente, é estar um passo a frente
do passado futuro e presente até que me chamem demente
sente
A selva que me isola é a selva que me engana Mas a selva é urbana menos a Maria e a Joana
então não me façam a cama porque hoje durmo na viela
Hoje sou eu amanha és tu que se deita nela!
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