Letra:
Caminho numa estrada deserta em que a certeza é incerta
onde o fraco adormece e o guerreiro desperta
sei que o tempo aperta com sentidos alerta
essa porta que fechas entro e deixo-a aberta
fechaduras invisiveis já não podem prender
o meu grito infinito ninguém pode suster
destino é vida a correr nesta maratona ingrata
ter a corda ao pescoço presa com nó de gravata..
que sufoca e nos mata aos poucos de cada vez
que provoca e dilata os loucos que tu não vês
eu dou-te o meu coração, a minha alma e perdão
como um anjo caído no meio da escuridão
incendeio esta oração na hora da despedida
como um ultimo adeus, na mão bilhete de ida
pouco me resta na vida, familia destruída
pelas futilidades que hoje estão de partida
um pouco tarde de mais, não houve tempo para mais
lutei pelo perdão mas nós não somos iguais
se perdoar é divino e tu és iluminada
a luz ao fundo do túnel a mim já não me diz nada
comigo é tudo ou nada, tu não gostas de extremos
contigo é tudo ou nada, eu não gosto de extremos
sei que ambos crescemos, no fundo é o que importa
num segundo acordei, assim que bateste a porta
o que morava no peito, troquei por ódio e respeito
lamento que essa seja a única forma em que te aceito
eu já não durmo direito, acordo num pesadelo
sou chama que arde incandescente presa num cubo de gelo
mas eu não subo a modelo, não sou um exemplo a seguir
esta ingenuidade pouco ou nada deixa sorrir
se a sina é ser solitário, vacina é ser o contrário
e rasgar todas as páginas escritas no meu diário
considero em vão o tempo passado a chorar
nem o sal das minhas lágrimas ajuda a sarar
mudo o que posso mudar, modo de agir e de estar
acordo a rir a pensar que um dia possas voltar
já não acordo a teu lado, recordo um belo passado
concordo, o elo bordado está dado como acabado
mas é eterna a lembrança, memória que jaz em mim
como um conto de fadas: era uma vez, fim
Sem comentários:
Enviar um comentário